CHINA

China pede documentos para liberar carne bovina brasileira

Agrifatto informou que mesmo com solicitação “é necessário cautela, pois ainda há outros 21 pedidos na fila que ainda podem ser negados”

Por Redação Canal do Criador
26 de outubro de 2021 às 18h00

No começo desta tarde, Lygia Pimentel, da consultoria Agrifatto, informou que a aduana do porto de Shanghai solicitou a documentação original por parte do exportador brasileiro, para analisar a carga. Geralmente essa é a etapa final do processo, segundo a consultoria. Agora o próximo passo é esperar a chegada da documentação, verificar as informações e possivelmente liberar uma das cargas de carne bovina brasileira.

A carne foi certificada no dia 26 de agosto e embarcada em 10 de setembro. Mas ainda de acordo com a especialista em mercado pecuário, “é necessário cautela, pois há outros 21 pedidos na fila que ainda podem ser negados”. O lote solicitado para liberação é oriundo do Tocantins.

Em setembro, dois casos atípicos de vaca louca foram registrados em Minas Gerais e Mato Grosso. Desde então o embarque com destino a China foi interrompido. Mas os produtos que foram certificados até a data limite, 03 de setembro, foram embarcados.

 

O que é a doença da vaca louca?

A encefalopatia espongiforme bovina (EEB), nome oficial da doença que é degenerativa e atinge o sistema nervoso do gado. Ela é conhecida popularmente como doença da vaca louca porque os sintomas incluem agressividade e falta de coordenação. A doença também é conhecida como BSE, por causa do seu nome em inglês (bovine spongiform encephalopathy). Ela é causada por um tipo de proteína chamada príon e normalmente é fatal para os animais.

A versão humana da doença mais comum hoje em dia é conhecida como Nova Variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob (vCJD) e também é letal, e está ligada ao consumo de carne contaminada.

O que é a versão atípica da doença?

A versão atípica identificada no Brasil foi  considerada de ocorrência “natural e esporádica”, ou seja, ela provavelmente sempre está presente em grandes populações de gado, mas em uma proporção muito baixa e só costuma ser identificada quando são adotados procedimentos de vigilância intensiva.

A variante só foi identificada nos anos 2000 quando foram aprimorados os procedimentos de investigação de príons (moléculas de proteínas que têm a capacidade de gerar uma série de problemas de saúde).