O Cavalo Crioulo, símbolo de resistência e funcionalidade, será protagonista da maior Marcha Anual de Resistência da história da raça. A 23ª edição da prova acontecerá em 2025, reunindo 68 animais, número recorde para o evento. A competição avalia rusticidade, resistência e capacidade de recuperação dos exemplares, reforçando o papel do Cavalo Crioulo nas lidas de campo.

Foto: Divulgação | Mauricio Vinhas
Segundo Luiz Mario Diaz, diretor da subcomissão de marchas e marchitas da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), o crescimento da Marcha reflete a maior adesão de criadores, a profissionalização dos ginetes, a comunicação mais ampla da modalidade, o rigor da comissão veterinária em prol do bem-estar animal e a preservação das tradições do campo. “É uma alegria vermos a expansão da Marcha, que mostra a verdadeira essência do campo e do trabalho com o gado nas estâncias do pampa”, destaca Diaz.
A edição histórica ocorrerá em Jaguarão (RS), na fronteira com o Uruguai, e terá percurso total de 750 quilômetros ao longo de 15 dias. A concentração dos animais será iniciada em 15 de maio, na Estância Santo Ignácio, de Vinicius Rosa, onde permanecerão por 30 dias para nivelamento físico. A largada oficial acontece em 14 de junho.
Diaz lembra que a prova também serve como ferramenta de seleção para a raça. “Nem todos os animais completam o percurso, e isso reforça o caráter seletivo da Marcha, assim como o Freio de Ouro e a Morfologia”, afirma. Esta será a sexta e última Marcha organizada pela atual comissão. “Agradeço à diretoria da ABCCC e a todos da comissão que se dedicaram de forma incansável a essas seis provas”, completa.