A maior Marcha Anual de Resistência da história dos Cavalos Crioulos começou a tomar forma nesta quinta-feira (15), com o início da concentração dos 68 animais participantes na Estância Santo Ignácio, de Vinicius Rosa, no município de Jaguarão (RS). Durante os próximos 30 dias, os cavalos passarão por um período de nivelamento de condições físicas antes da largada oficial, marcada para 14 de junho.

Foto: Divulgação | Maurício Vinhas
A prova, que chega à sua 23ª edição, é reconhecida por testar a rusticidade, a resistência e o poder de recuperação dos exemplares da raça Crioula. Segundo Luiz Mario Diaz, diretor da subcomissão de marchas e marchitas da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), os animais permanecerão à base de água e pasto durante a concentração para garantir igualdade de condições no início da disputa.
“Isso ocorre para que todos cheguem nas mesmas condições para os 15 dias de marcha. São 45 dias no total: 30 de concentração e 15 de prova”, explicou Diaz. Ele também destacou que, ao chegarem, os cavalos passam por admissão com verificação de documentos da ABCCC e GTA, pesagem oficial e avaliação sanitária, incluindo vermifugação e banho carrapaticida. Após a triagem, os animais são soltos em um potreiro específico, previamente reservado e com oferta forrageira preservada.
A Marcha deste ano acontecerá na fronteira entre Brasil e Uruguai, totalizando 750 quilômetros em 15 dias de percurso. “Assim como o Freio de Ouro e a Morfologia, a Marcha é uma importante ferramenta de seleção para a raça Crioula”, ressaltou Diaz. Esta será a sexta e última edição sob coordenação da atual comissão organizadora.