Genética boliviana conquista espaço histórico na ExpoZebu 2025

Venda parcial da vaca Dheli FIV El Trébol e consagração de Rhaya FIV Moxos como Grande Campeã da raça Nelore Mocho marcam a participação boliviana na feira.

Por Cleide Assis

A ExpoZebu 2025 foi palco de um marco histórico para a pecuária boliviana. Durante a feira, realizada em Uberaba (MG), dois feitos protagonizados por criatórios da Bolívia colocaram o país vizinho sob os holofotes do cenário zebuíno internacional.

DHELI FIV EL TREBOL durante o Shopping do Grupo Nelore Mônica, realizado na ExpoZebu 2025

DHELI FIV EL TREBOL durante o Shopping do Grupo Nelore Mônica, realizado na ExpoZebu 2025

O primeiro destaque foi a comercialização de parte da vaca DHELI FIV EL TRÉBOL, considerada a mais valorizada da história da pecuária boliviana. Avaliada em US$ 1,5 milhão, a fêmea pertence ao Grupo Nelore Mônica, que negociou 33% do exemplar durante a feira. Em entrevista ao Canal Rural Bolívia, Yamil Lacife, vice-presidente da Câmara Agropecuária do Oriente (CAO), afirmou: “Foi o recorde de venda da feira e o maior valor já alcançado por um animal boliviano.”

Além disso, a raça mocho boliviana brilhou nas pistas. A vaca RHAYA FIV MOXOS, nascido na Cabaña Moxos, exportado para o Brasil, conquistou o título de Grande Campeã da raça Nelore Mocho (fêmea), reforçando o que já era percebido nos bastidores: a Bolívia está entre os grandes produtores da melhor genética mocho do mundo.

RHAYA FIV MOXOS, campeã da raça Nelore Mocho (fêmea) – Divulgação | Foto Rural

A presença de animais bolivianos na feira também reflete, segundo Yamil Lacife, o fortalecimento do intercâmbio comercial entre Bolívia e Brasil, impulsionado por iniciativas anteriores como os remates de setembro e a Agropecruz, um dos maiores eventos da Bolívia dedicados à criação de animais e à exposição de produtos de gado e agroindustriais.

Segundo vice-presidente, o impacto da genética boliviana já é visível em diversos mercados: “Já temos compradores e animais bolivianos, inclusive embriões, presentes em Cuba, Guatemala, Colômbia, Equador, Paraguai, Brasil e Peru. Abrir as fronteiras para a genética boliviana reforça esse êxito que estamos construindo.”, conclui.

A expectativa é de que o reconhecimento internacional continue crescendo, consolidando a Bolívia como uma potência genética da pecuária zebuína na América Latina.

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