Luto

Morre cavalo Rei Big Doc, lenda da vaquejada brasileira

Considerado o “Cavalo do Povo”, Rei Big Doc conquistou títulos históricos ao lado do vaqueiro Dheovane Almeida e emocionou fãs em todo o Brasil com sua trajetória vitoriosa nas arenas da vaquejada.

Por Cleide Assis

O cavalo Rei Big Doc, um dos maiores ícones da vaquejada nacional, morreu nesta segunda-feira (19), em Santa Luzia do Maranhão, em decorrência de uma úlcera estomacal grave. O animal, conhecido como “O Cavalo do Povo”, era um dos mais queridos e vitoriosos das pistas, e sua morte gerou comoção entre fãs, criadores e competidores de todo o Brasil.

Foto: Divulgação | Dudu Ribeiro e Pedro Ribeiro

A confirmação da morte foi feita pelo assessor Caio Almeida, do Grupo Braide, responsável pela carreira do garanhão. A perda ocorre em um momento de grande expectativa pelo retorno do cavalo às competições ao lado do vaqueiro Dheovane Almeida, com quem formou uma das duplas mais carismáticas da vaquejada moderna.

Carreira vitoriosa e marca histórica

Rei Big Doc teve uma trajetória marcada por conquistas expressivas. Em 2022, ao lado do vaqueiro Dheovane Almeida, sagrou-se Campeão Profissional do Campeonato Portal Vaquejada (CPV), liderando o ranking com 225 pontos e sendo reconhecido como o Melhor Cavalo de Puxar do Brasil. A sintonia entre cavalo e cavaleiro foi decisiva para o sucesso da dupla, cuja combinação de técnica, resistência e carisma transformou o cavalo em um verdadeiro fenômeno das arenas.

Além das pistas, o cavalo se destacou também como reprodutor. No Leilão Love Horse de julho de 2022, foram vendidas 500 coberturas em uma única noite, consolidando seu valor genético e a confiança dos criadores da raça Quarto de Milha.

A notícia do falecimento repercutiu amplamente entre criadores, vaqueiros e admiradores da modalidade. “Estourou uma úlcera no estômago, o cavalo não resistiu e veio a óbito. Um cavalo que tantas vezes foi campeão e cujo dono também ajudou muita gente com ações solidárias”, declarou Caio Almeida.

Sua morte deixa uma lacuna profunda no cenário da vaquejada — esporte que em 2016 foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Hoje, a modalidade conta com estrutura profissional, premiações milionárias e um público fiel que agora se despede de um de seus maiores ídolos.

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