Expedição destaca características do confinamento na pecuária baiana e mineira
A Fazenda Palmito (Correntina/BA) é um confinamento estratégico. Os proprietários compram 100% da reposição, recriam a pasto e utilizam a tecnologia, principalmente referente à nutrição do sistema produtivo. Mesmo estando em uma região árida, na transição entre cerrado-caatinga, eles trabalham com suplementação no semiconfinamento e a recria é muito bem feita. Com isso, têm animais jovens no confinamento. “Eles compram animais de 8 a 10 meses, que são levados para o confinamento com menos de 24 meses. Todos são abatidos com menos de 4 dentes. Esse ano, a propriedade pretende terminar cerca de 3.500 animais em semiconfinamento e a mesma quantidade no confinamento convencional. Trata-se de uma fazenda muito organizada”, destaca Eduardo Henrique Seccarecio, engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria, participante da expedição Confina Brasil.
Nos municípios baianos de Rosália do Sul e Jaborandi, Eduardo Seccarecio diz que chamou atenção da equipe as sementeiras de capim para formar pasto. A região tem seca severa e após a colheita, a sobra da palhada do capim é transformada num tipo de feno que alimenta o gado. “Outro ponto interessante é a presença de linhas de fibra óptica nas fazendas. “São mais de 70km de cabo de fibra enterrados para abastecer a internet nas propriedades”, observa o analista de mercado da Scot Consultoria.
O Grupo Mantiqueira (Pirapora/MG) tem grande disponibilidade de adubo. “Antigamente, o produzia cerca de 300 toneladas por dia. Começou analisando as regiões e no norte de Minas Gerais encontrou uma propriedade bem estruturada, com pivô. Com o tempo, verificando a grande disponibilidade de gado de corte no norte de Minas, os proprietários resolveram voltar para a pecuária e aumentaram a produção de gado confinado. Hoje, também são prestadores de serviço: cerca de 30% do gado engordado são de terceiros e 70% são próprios. A pecuária é de ciclo completo. É feita inseminação de Aberdeen Angus em todas as fêmeas disponíveis no plantel. Lá, eles fazem recria, sequestro e terminam o gado no cocho”, conta Olavo Bottino, médico veterinário e técnico do Confina Brasil.
O confinamento tem capacidade estática para cerca de 10 mil animais. O giro anual é de cerca de 16 mil cabeças. Nos próximos anos, deve passar por expansão. A intenção é terminar cerca de 20 e 25 mil animais por ano, aumentando 5 mil na capacidade estática.
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