Países abrem cotas para importação de carne brasileira com tarifa zero
A União Econômica Eurasiática (UEA) aprovou esta semana a ampliação de cotas para importação, com tarifa zero, de carne bovina e suína destinada ao processamento. Fazem parte do bloco a Rússia, Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão e Quirguistão.
A cota russa para carne bovina será válida para todo o ano de 2022, com volume de 200 mil toneladas. Para carne suína, a cota russa será de 100 mil toneladas, com validade entre 1º de janeiro e 30 de junho do próximo ano.
Além da Rússia, a medida prevê cotas que totalizam 38,5 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, das quais 5 mil para a Armênia, 21 mil para o Cazaquistão, 5 mil para o Quirguistão e 7,5 mil para Bielorrússia.
Também há cotas de carne suína congelada com volume de 5 mil toneladas para a Armênia e 7 mil para o Cazaquistão, e de carne suína fresca, refrigerada ou congelada no volume de 20 mil toneladas para Bielorrússia.
As novas cotas de importação constam na Decisão 116/2021 da União Eurasiática. O tema foi tratado com o governo russo durante a visita da ministra Tereza Cristina a Moscou, em novembro.
Plantas habilitadas para Rússia
Desde a recente missão da ministra Tereza Cristina à Rússia, o governo de Moscou aprovou a retomada da habilitação de um total de 16 plantas frigoríficas brasileiras, instaladas em oito estados (Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo). Desse total, sete são de carne bovina; oito de carne suína e uma de suína e aves.
Todas essas plantas já foram habilitadas no passado, mas tiveram as vendas suspensas desde 2017, devido à suposta detecção de ractopamina em produtos oriundos do Brasil. Em 2018, o mercado foi reaberto, mas com apenas poucos estabelecimentos habilitados.
Foto: Pixabay
A ministra Tereza Cristina tratou do assunto com o chefe do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), Sergey Dankvert. De forma imediata, foi anunciada a retomada da habilitação de dois estabelecimentos de carne bovina.
No último dia 25, haviam sido retiradas as restrições a outras 12 plantas brasileiras de carne bovina, suína e de aves, tendo em vista “o trabalho realizado pelo Mapa destinado ao cumprimento dos requisitos da Federação Russa e as garantias que foram apresentadas pelo órgão competente brasileiro”, conforme nota da Representação Comercial da Federação da Rússia no Brasil.
Nesta terça-feira (1º), mais duas plantas poderão voltar a exportar carne bovina brasileira para aquele país.
Com a retomada das exportações desses frigoríficos após a missão da ministra Tereza Cristina, o Brasil passa hoje a ter habilitados para o mercado russo 19 estabelecimentos de carne bovina, 14 de carne suína e 29 de carne de aves, além de 26 de lácteos.
VEJA TAMBÉM
Cacto, capim e milho: combinação de forrageiras é boa fonte de nutrição para o gado
Combinadas, as diferentes espécies de forrageiras são uma excelente fonte de nutrição para os animais do semiárido pernambucano. É o que apontam os resultados do –
Leia MaisCordeiros precisam de cuidado redobrado durante o inverno
O inverno merece atenção redobrada dos criadores de ovinos. As baixas temperaturas aumentam o risco de morte dos recém-nascidos. No entanto, o manejo adequado contribui –
Leia MaisConheça a raça purunã, primeiro bovino genuinamente paranaense
A purunã, primeira raça de bovino para corte desenvolvida no Paraná e a única idealizada por um centro estadual de pesquisa, o Instituto de Desenvolvimento –
Leia MaisMilho: lavouras de safrinha seguem sem receber chuvas em Nova Mutum (MT)
As lavouras de milho safrinha seguem sem receber chuvas benéficas em Nova Mutum (MT), no médio-norte do Mato Grosso. Segundo o engenheiro agrônomo da Jatobá –
Leia MaisArroba do boi gordo registra nova alta e sobe até R$ 2 nesta sexta, 11
O mercado físico de boi gordo registrou mais altos nas principais praças de comercialização e produção do país nesta sexta-feira, 11. Segundo o analista da –
Leia MaisFrango: com demanda aquecida, preços sobem em junho
A maior demanda no mercado interno dá sustentação aos preços do frango. No período de 2 a 9 junho, o frango inteiro congelado se valorizou –
Leia MaisBoi gordo: valorização da arroba ganha força no Centro-Oeste, diz Safras
O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta quinta-feira, 10. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os preços seguem –
Leia MaisLeite: setor se reúne com Bolsonaro e apresenta pedidos
Representantes do setor de leite se reuniram nesta quarta-feira, 9, em Anápolis (GO), com o presidente Jair Bolsonaro, para discutir medidas de fortalecimento do setor. –
Leia MaisBRF vai investir mais de R$ 760 mi em fábricas
A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, anunciou investimento de R$ 643 milhões em suas unidades de Santa Catarina e de R$ 121 milhões –
Leia MaisBoi gordo: contrato para outubro está em R$ 330 por arroba
O boi gordo continua com a oferta restrita no mercado físico e o preço da carcaça bovina se sustenta na maioria dos estados brasileiros. Em –
Leia Mais