ECONOMIA

Preço do suíno volta a subir em maio

Milho e farelo de soja significam 70% dos custos de produção da suinocultura

Por Janaína Barros
21 de maio de 2021 às 09h00

O preço do quilo do suíno vivo pago pelas indústrias aos produtores pode haver alteração nos próximos dias. Atualmente a cotação está variando entre os R$ 5,60 e R$ 6,00, dependendo do frigorífico e região. Os suinocultores independentes, têm recebido valores superiores à R$ 8,00 pelo quilo vivo do animal.

Mas o que realmente preocupa os produtores, é o preço dos insumos, que segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), de 2020 para 2021 o preço da saca de 60 quilos de milho aumentou cerca de 103%, passando de R$ 48,83 (2020) para R$ 99,48 (2021), e o farelo de soja, também teve alta de 48,79% de um ano para outro. 

Para se ter uma ideia da alteração no bolso dos produtores, o milho e farelo de soja significam 70% dos custos de produção da suinocultura.

Diante do atual cenário, a Associação Brasileira de Proteína Animal, e a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), encaminhou um ofício para o presidente da República, Jair Bolsonaro, solicitando mudanças na política do governo federal acerca da atividade da suinocultura. 

Entre algumas das medidas apontadas como urgentes, está a solicitação de autorização excepcional para importação de milho transgênico, a retirada temporária do adicional ao frete para renovação da Marinha Mercante aos países do Mercosul, entre outras reivindicações.

 “Hoje, se fossemos levar tudo ao pé da letra, o valor do quilo do suíno deveria estar próximo dos R$ 10,00 para o suinocultor ter alguma rentabilidade”, reforça o presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi.

O documento da ABPA já está nas mãos do presidente da República, e os suinocultores estão no aguardo de um retorno às reivindicações.