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Exportação de carne de frango cresce 13% no primeiro bimestre

O total de proteína embarcada no período supera em 7,4% o ano anterior

Por Redação Canal do Criador
11 de março de 2022 às 09h00

As exportações brasileiras de carne de frango totalizaram cerca de 374,5 mil toneladas em fevereiro, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).  E o número supera em 7,4% o total embarcado pelo país no segundo mês de 2021, com 348,8 mil toneladas.

O resultado em dólares das exportações de fevereiro chegou a US$ 663 milhões, número 27,1% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, com US$ 521,6 milhões.

No primeiro bimestre, as vendas internacionais de carne de frango totalizaram 723,7 mil toneladas, volume 13% maior que o total exportado em 2022, com 640,4 mil toneladas.  Em receita, houve aumento de 33,9%, com US$ 1,280 bilhão neste ano, contra US$ 956,1 milhões em 2021.

“As altas históricas dos custos de produção têm pressionado positivamente os preços internacionais de carne de frango, com o repasse aos preços finais. Ao mesmo tempo, as ocorrências de focos de Influenza Aviária em vários países da Europa, Ásia, África e, mais recentemente, na América do Norte, também favoreceram o desempenho das exportações brasileiras”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Os Emirados Árabes Unidos assumiram, pela primeira vez, a liderança nas exportações de carne de frango do Brasil, com 42,8 mil toneladas exportadas em fevereiro, número 89,9% superior ao alcançado no mesmo período de 2021. A China, agora no segundo posto, importou 42,3 mil toneladas (-8,4%). Em terceiro lugar, a África do Sul importou 30,7 mil toneladas. 

Outros destaques do mês foram o México, com 19,6 mil toneladas (+358,3%), e União Europeia, com 16,5 mil toneladas (+35,1%).

“Os Emirados Árabes Unidos ganharam forte protagonismo nas exportações brasileiras dos últimos meses e foram decisivos, assim como o reforço das vendas ao México e à União Europeia. É esperado que estes níveis de compras nestas regiões se mantenham pelos próximos meses, especialmente porque a Ucrânia, que é um forte competidor do Brasil em destinos como a União Europeia, Arábia Saudita e países do Golfo, com o conflito, seguramente deixará de exportar os volumes habitualmente destinados a estas regiões”, avalia o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

Fonte: ABPA