Boi gordo: oferta de animais não apresenta sinal de melhora no curto prazo

O mercado físico de boi gordo registrou preços mais altos na maioria das praças de produção e comercialização nesta quinta-feira, 18. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, um cenário de oferta restrita continua ditando o ritmo de negócios, com altas generalizadas sendo registradas ao longo de toda a semana.

“A situação da oferta não apresenta sinais de avanço no curto prazo. A entrada de animais de safra no mercado acontece de maneira tímida, não em quantidade suficiente para inverter a curva de preços. A tendência é que o
auge da safra de boi gordo ocorra entre os meses de maio e junho, e até lá o mercado conviverá com um ambiente pautado pela restrição de oferta”, assinala Iglesias.

Enquanto isso, os frigoríficos seguem reagindo a esse cenário reduzindo a capacidade de abates, que estão encurtadas. O contraponto segue na situação da demanda doméstica de carne bovina, com muitas incertezas em torno do potencial de consumo em meio a medidas mais duras de distanciamento social, com o funcionamento de muitos estabelecimentos cerceados em função destas restrições.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina também subiram. Conforme Iglesias, no curto prazo a tendência é por menor espaço para reajustes, em linha com as mudanças de padrão de consumo impostas pelas estratégias de
distanciamento social, com bares, restaurantes e outros estabelecimentos operando com grandes restrições. “Somado a isso, precisa ser mencionado que persiste o movimento de migração para proteínas mais acessíveis,
enfaticamente a carne de frango”, disse ele.

Com isso, o corte traseiro passou para R$ 20,50 o quilo, com alta de 20 centavos. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo, e a ponta de agulha passou para R$ 16,50 o quilo, ambos com alta também de vinte centavos.

Categorias:

Sair da versão mobile

Leia também