AUMENTO DOS EMBARQUES

Carne de frango: exportações do Brasil seguem batendo recorde

Crescimento ocorre mesmo diante de menor demanda chinesa, indica o Rabobank em relatório

Por Agência Safras

Segundo relatório do Rabobank, mesmo com a queda de 18% nos embarques brasileiros para a China (maior destino das exportações brasileiras, respondendo por cerca de 12% do total), as exportações de carne de frango continuam em alta e devem bater mais um recorde em 2022.

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Em outubro de 2022, por exemplo, as exportações da proteína aumentaram 5% em volume e 29% em valor. Os custos mais altos de ração estão sendo absorvidos pelo mercado externo, o que também aumentou a competitividade do frango de corte brasileiro no cenário internacional, aponta o Rabobank.

Os Emirados Árabes Unidos, que seguem a China como segundo maior destino, registraram alta de 22% nos embarques. O Japão teve uma queda de 3% no mesmo período. A União Europeia mais o Reino Unido se destacam e devem ultrapassar a Arábia Saudita como o quarto maior destino da carne de frango nacional, com aumento de 16% nas compras do Brasil.

Fator gripe aviária

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A pressão da gripe aviária deve receber maior atenção, dada a recente confirmação de surtos da doença na Colômbia e no Peru. As medidas para reduzir os riscos de contaminação já foram reforçadas pelo setor. Ao mesmo tempo, a gripe aviária também pode trazer oportunidades de exportação para o Brasil, principalmente na Europa e na Ásia, onde a oferta é escassa.

Consumo per capita de carne de frango deve cair

Foto: Paola Cuenca/Canal Rural

Uma combinação de forte valorização da carne bovina e menor poder aquisitivo resultou em um aumento de 13% no consumo per capita de carne de frango nos últimos três anos. No entanto, com os preços da carne bovina caindo desde o final do primeiro trimestre de 2022, enquanto os preços dos frangos permaneceram estáveis, a competitividade da carne bovina melhorou e o consumo de frangos deu sinais de saturação.

Com uma diferença de preço menor entre as carnes, o Rabobank projeta que este cenário se mantenha no início de 2023, pois o forte apelo cultural da carne bovina deve favorecer a retomada do consumo da proteína.

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