Boi gordo: oferta diminui e preços da arroba sobem até R$ 3

O mercado físico de boi gordo registrou preços a mais altos nesta sexta-feira, 21. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a oferta disponível de boiadas já é mais discreta, e os frigoríficos começam a enfrentar um pouco mais de dificuldades para a composição de suas escalas de abate, que no momento garantem o abastecimento até o final de maio.

“A pressão de alta sobre o preço das boiadas tende a ganhar consistência no início da entressafra, avaliando que o mercado voltará a conviver com um ambiente pautado por oferta anêmica, consequência da redução do confinamento de primeiro giro em um ano de elevação nos custos de produção”, diz ele.

Em relação à demanda de carne bovina, aumenta a expectativa por avanços dos embarques nas próximas semanas “em função da opção da Argentina pelo autoexílio, abrindo importante lacuna de oferta no mercado internacional, dando espaço para os grandes players do setor carnes”, assinala o analista.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais baixos. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por maior propensão a reajustes durante a primeira quinzena de junho, período que conta com maior apelo ao consumo, em função da entrada dos salários na economia.

“A tendência para 2021 ainda remete ao consumo de proteínas mais acessíveis, a exemplo dos cortes do dianteiro bovino e carne de frango propriamente dita”, pontuou. Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,35 o quilo, estável. O corte dianteiro teve preço de R$ 17 o quilo, assim como a ponta de agulha, ambos com queda diária de vinte centavos.

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