ANGUS

Prova de Eficiência Alimentar Angus 2021 inicia com recorde de touros

A primeira etapa terá duração de aproximadamente 25 dias.

Por Janaína Barros
10 de maio de 2021 às 15h00

foto: Felipe Rosa/ Embrapa

Promovida pela Associação Brasileira de Angus em parceria com a Embrapa Pecuária Sul, a Prova de Eficiência Alimentar Angus 2021 começou nesta segunda-feira, 10, e irá avaliar a marca histórica de 29 touros de 15 propriedades do Rio Grande do Sul e do Paraná. 

Nesta fase os animais começam a se adaptar à alimentação e às instalações da Embrapa Pecuária Sul, em Bagé (RS). Essa primeira etapa terá duração de aproximadamente 25 dias. Depois disso, os exemplares serão submetidos à avaliação propriamente dita, que ocorrerá ao longo de 70 dias. 

Serão analisados o Consumo Alimentar Residual, Ganho de Peso Residual,  Consumo e Ganho de Peso Residual, além de características de carcaça como Área de Olho de Lombo, Espessura de Gordura Subcutânea na Picanha, Espessura de Gordura Subcutânea de Costela, Percentagem de Gordura Intramuscular e perímetro escrotal.

Do total de animais participantes, 64% são Deca 1, 26% são Deca 2 e 10% são Deca 3 para o Índice Final do Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo), o que sinaliza que serão analisados exemplares de ponta em avaliação genética da geração 2019 da raça Aberdeen Angus. 

A quantidade de animais é superior à do teste de 2020, quando 18 touros participaram da prova, e reflete o crescente interesse dos criadores em submeterem exemplares para a avaliação de características que garantem uma produção mais eficiente e lucrativa.

Para o médico veterinário e gerente de Fomento da Associação Brasileira de Angus, Mateus Pivato, é de extrema importância que os criadores avaliem essas características em seus animais.  “O número de exemplares participantes da prova neste ano sinaliza que os criadores de Angus estão atentos à necessidade de ter um rebanho cada vez mais selecionado”.

Pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul e uma das coordenadoras do teste, Renata Suñé ressalta que à medida que os exemplares são selecionados quanto à eficiência alimentar, é possível incorporá-los nos rebanhos. “Os animais mais eficientes do ponto de vista alimentar comem menos, têm um custo de alimentação menor e, além disso, produzem menos resíduos”, acrescenta.

A expectativa, segundo o coordenador da Prova de Eficiência Alimentar (PEA) e analista da Embrapa Pecuária Sul, Roberto Collares, é que o teste tenha um excelente resultado, assim como em 2020. “É essencial que o criador tenha o seu rebanho avaliado, porque ele recebe da Embrapa dados com a acurácia da sua realidade”, destaca.