VALORIZAÇÃO NO MERCADO INTERNO

Arroba do boi se aproxima de R$ 290 em São Paulo, com nova alta nos preços

A incidência de contratos a termo e a utilização de confinamentos próprios não foi capaz de alterar a curva de preços da arroba do boi

Por Agência Safras
09 de novembro de 2020 às 18h11
arroba do boi gordo

Foto: Secretaria de Agricultura de São Paulo

Os preços do boi gordo voltaram a subir na maioria das regiões de produção e comercialização no mercado físico brasileiro nesta segunda-feira, 9. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a oferta de animais terminados permanece muito discreta neste último bimestre. Mesmo a incidência de contratos a termo e a utilização de confinamentos próprios não foi capaz de alterar a curva de preços.

“A estiagem prolongada no Centro-Sul do país resultou em um desenvolvimento tardio dos animais de pasto, que devem estar aptos ao abate apenas no primeiro trimestre. A demanda também está próxima do seu ápice no mercado doméstico, somado ao bom resultado das exportações. Importante ressaltar o peso do câmbio na tomada de decisão dos frigoríficos, em caso de movimentos mais agressivos de valorização do real haveria o estreitamento da margem operacional, o que pode alterar o comportamento na aquisição de boiadas”, assinala.

Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 289 arroba, ante R$ 285 na sexta-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 280 a arroba, estáveis. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 280 a arroba, contra R$ 279 a arroba. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 275 a arroba, ante R$ 270 a arroba. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 266 a arroba, ante R$ 262 a arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais altos. De acordo com Iglesias, a tendência de curto prazo ainda remete a reajustes, em linha com a boa reposição entre atacado e varejo durante a primeira quinzena do mês. Além disso, a demanda está próxima do seu ápice, com a entrada da primeira parcela do décimo terceiro salário somado a outras benesses relativas ao último bimestre acelerando a reposição entre atacado e varejo.

Com isso, o corte traseiro subiu de R$ 20,75 o quilo para R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 15,00 o quilo, e a ponta de agulha seguiu em
R$ 15 o quilo.