OFERTA LIMITADA DE ANIMAIS

Boi: vendas no mercado físico são lentas; arroba chega a R$ 270

A oferta foi limitada, com pecuaristas distantes das negociações por conta da proximidade do Ano Novo

Por Agência Safras
30 de dezembro de 2020 às 19h23
boi gordo

Foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

O mercado físico de boi gordo teve um dia de grande lentidão nesta quarta-feira, 30. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, o ritmo foi de feriado, com registro de negócios pontuais.

Em São Paulo, os últimos negócios aconteceram entre R$ 270/280 a arroba, dependendo do prazo de pagamento. A oferta foi limitada, com pecuaristas distantes das negociações por conta da proximidade do Ano Novo, fator que acaba por dificultar ao avanço das escalas de abate dos frigoríficos. A expectativa está agora na retomada das negociações a partir da segunda-feira, 4, com tendência de melhora da oferta, mesmo que de maneira gradual.

Conforme Maia, outro elemento importante para as próximas semanas diz respeito à oferta curta de boi confinado, enquanto o boi de pasto tende a atrasar por conta da estiagem severa registrada no país no segundo semestre de 2020. Os dados de exportação são outra variável que deve ser acompanhada de perto nos próximos meses.

Em Minas Gerais, os preços seguem firmes. Na região de Uberlândia a indicação de comprador foi de R$ 262 à vista. Em Goiânia, o valor chegou a R$ 252 à vista e a R$ 254 a prazo. No Mato Grosso do Sul, as indicações avançaram no dia. Em Campo Grande a arroba foi negociada por R$ 253/254 a prazo e em Dourados a arroba chegou em R$ 253/254 a prazo. No Mato Grosso, as cotações seguiram firmes. Em Cuiabá, o preço foi de R$ 248 a prazo.

Atacado

No mercado atacadista, os preços ficaram acomodados. Conforme Maia, a demanda segue aquecida no varejo por conta das festividades, fator que pode favorecer a reposição no curto prazo, com ajuste de estoques. “Contudo, vale destacar que o perfil do consumidor tende a mudar um pouco após a virada do ano, ainda mais pelo ambiente econômico adverso e ainda com riscos relacionados à pandemia”, pontua.

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 19,90 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,50 o quilo, assim como a ponta de agulha, ambos estáveis