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Plano Safra 2021/22: Agricultura quer R$ 15 bilhões para equalização

Recurso solicitado é 30% maior do que o disponibilizado para o Plano Safra atual; objetivo é melhorar as taxas de juros das linhas de investimento

Por Paola Cuenca, de Brasília
21 de janeiro de 2021 às 18h14

Com foco em melhores taxas de juros para as linhas de investimento a serem ofertadas no Plano Safra 2021/2022, o Ministério da Agricultura solicitou ao Ministério da Economia R$15 bilhões em recursos do Tesouro Nacional. O valor é o mesmo solicitado pela ministra Tereza Cristina no ano passado. Porém, para o Plano Safra 2020/2021 foram liberados R$ 11,5 bilhões para equalização.

Em reunião ocorrida na tarde desta quarta, 20, o secretário de Política Agrícola da pasta, César Halum, disse ter ouvido da equipe econômica que o crédito disponível só poderá ser definido após a votação do Orçamento da União no Congresso Nacional. A previsão é de que o orçamento seja votado pelo Legislativo em fevereiro, após as eleições dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.

De acordo com o secretário, será dada uma atenção especial neste Plano Safra ao armazenamento. “É uma demanda antiga a construção de armazéns, mas está ficando muito claro que a medida que aumentamos a produção, nós não podemos deixar que isso se torne um gargalo para a agricultura”, expôs.

“Nós vamos iniciar a partir de segunda-feira um contato com todas as instituições financeiras, empresas fornecedoras de insumos, cadeias produtivas pra coletar as demandas sobre o Plano Safra. A ideia é ir vendo qual o melhor caminho que podemos tomar”, indicou Halum.