ARROBA ESTABILIZA

Boi gordo pode subir se houver compensação nos preços para exportação, avalia Safras

De acordo com a consultoria, a margem apertada da agroindústria pode ser apontada como um fator chave para o limite da alta na arroba

Por Agência Safras
28 de janeiro de 2021 às 19h55
boi gordo gado nelore

Foto: Breno Lobato/Embrapa Cerrados

O mercado físico do boi gordo manteve preços firmes nesta quinta-feira, 28, sem maiores alterações no geral. Segundo o consultor de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a margem apertada da agroindústria pode ser apontada como um fator chave para o entendimento desse cenário de exaustão do movimento de alta.

Segundo Iglesias, para que os frigoríficos encontrem condições para movimentos de alta mais robustos haveria necessidade de uma compensação no preço da carne bovina no mercado doméstico, ou melhora dos preços de exportação. “Nenhuma das possibilidades parece plausível neste momento. A oferta permanece restrita, e essa premissa se sustenta por pelo menos 40 dias, quando deve haver entrada mais significativa de animais de pasto no mercado doméstico.  Esse fator segue preponderante para a sustentação dos preços”, indica.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 298/299, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço estável de R$ 290. Em Dourados (MS), a arroba permaneceu em R$ 287. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 280, inalterada. Em Uberaba, Minas Gerais, preços estáveis em R$ 295 a arroba.

Atacado

O mercado atacadista segue com preços acomodados. A tendência de curto prazo oferece pouco espaço para reajustes dos preços em São Paulo. A dificuldade de repasse do adicional de custo ao longo da cadeia produtiva é evidente, e o consumidor médio permanece descapitalizado. Esse movimento remete a um maior consumo de proteínas mais acessíveis a exemplo da carne de frango,  que causa um menor impacto na renda média.

O corte traseiro ainda é precificado a R$ 20,80, por quilo. A ponta de agulha segue no patamar de R$ 15,50, por quilo. Já o corte dianteiro também permanece cotado a R$ 15,50, por quilo.