PROJEÇÃO

Preços do boi gordo devem subir com mais força no último bimestre do ano, avalia Safras

A incidência de contratos a termo e a utilização de confinamento próprio não têm conseguido conter a alta nas cotações, segundo analista

Por Agência Safras
22 de outubro de 2020 às 19h45

bois no pasto

 

Os preços do boi gordo ficaram de estáveis a mais altos nesta quinta-feira, 22, no mercado físico brasileiro. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios segue apontando para a continuidade do movimento de alta. “Mesmo a incidência de contratos a termo e a utilização de confinamento próprio não têm conseguido alterar a curva dos preços”, destaca.

A disputa pelos animais que cumprem os requisitos de exportação com destino ao mercado chinês segue acirrada, ainda carregando um ágio de R$ 5 a R$ 10 por arroba, conforme a região do país. “Para o último bimestre a tendência é de um movimento de alta ainda mais consistente, mantendo a conjuntura de oferta restrita, somada a uma demanda aquecida, com ênfase nas exportações”, assinala Iglesias.

Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 269 – R$ 270 a arroba, contra R$ 267 a arroba na quarta-feira, 21. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 264 a arroba, inalterados. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os valores chegaram a R$ 261 a arroba, estáveis. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 254 – R$ 255 a arroba, contra R$ 254. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, a cotação foi de R$ 249 a arroba, estável.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina continuam firmes. De acordo com Iglesias, o viés é de altas mais agressivas na primeira quinzena de novembro, com a entrada da massa salarial na economia impulsionando a reposição entre atacado e varejo. As exportações seguem em bom nível desde o início do ano, e devem continuar fortes ao longo do último bimestre, ajudando a enxugar a oferta doméstica de carne bovina.

Com isso, a ponta de agulha seguiu em R$ 14,30 por quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 14,35 o quilo, e o corte traseiro continuou em R$ 19,50 o quilo.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,37%, sendo negociado a R$ 5,5950 para venda e a R$ 5,5930 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5640 e a máxima de R$ 5,6270.