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Abate de bovinos no 2º trimestre de 2023 atinge pico desde 2014

No 2º trimestre de 2023 o abate de bovinos atingiu 8,25 milhões, o maior número desde 2014, mostrando tendências do setor pecuário

Por Farmnews
11 de agosto de 2023 às 15h00

Segundo o Farmnews, o abate de bovinos no 2º trimestre de 2023 somou 8,25 milhões de cabeças, dados oficiais, o maior valor para o período desde 2014.

A oferta oficial de animais para o abate entre os meses abril e junho de 2023 (8,25 milhões de cabeças) foi 11% maior que a observada no mesmo de 2022 (7,43 milhões de cabeças) e alcançando o maior valor para o período desde 2014, como ilustram os dados da Figura abaixo.

Ao longo da série iniciada em 2014, o abate oficial de bovinos no 2º trimestre oscilou entre a máxima de 8,54 milhões de cabeças em 2014 e a mínima de 7,13 milhões de cabeças em 2021, ano em que o preço do bezerro alcançou recorde histórico. Aliás, clique aqui e confira a relação entre o preço do bezerro e o ritmo de abate de vacas!

A Figura apresenta a quantidade oficial de bovinos abatidos no Brasil no 2 trimestre, em milhões de cabeças, entre os anos de 2014 e 2023, segundo dados do IBGE.

abate de bovinos

Fonte: Dados do IBGE (adaptado por Farmnews)

O abate de bovinos no Brasil no 2º trimestre de 2023 alcançou o maior patamar desde 2014, impulsionado também pela maior oferta de vacas.

O ciclo de baixa da pecuária de corte, com a queda no preço do bezerro, segue influenciando a oferta de animais prontos para o abate, especialmente de fêmeas. Além de uma demanda doméstica por carne bovina mais fraca no ano, a oferta de animais para o abate aumentou significativamente, pressionando as cotações do boi gordo, assim como aconteceu em 2017 (clique aqui).

No curto prazo, o preço do boi gordo tanto no mercado futuro como no físico segue na mínima de 2023 em agosto. Clique aqui e confira os dados!

Vale lembrar também que o preço corrigido do bezerro caiu 36,1% frente a máxima de 2021, perda maior que a observada no ciclo de baixa anterior, em 2018, quando a categoria desvalorizou 32,8% comparado a máxima de 2015. Clique aqui e confira!