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Frango sobe 16% em 12 meses em Porto Alegre, diz IBGE

Custo alto dos insumos favorece mudanças no preço, diz ABPA

Por Redação Canal do Criador
16 de junho de 2021 às 14h00

Dados divulgados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o frango em pedaços registrou um crescimento de 16,85%, em 12 meses na região metropolitana de Porto Alegre.

Em comparação com outra proteína de preferência dos consumidores da região sul, como a costela bovina (32,69%), o salto verificado com o frango em pedaços ainda é menor. O movimento registrado na Região Metropolitana acompanha o cenário nacional. O país fechou o período de 12 meses com variação de 14,69% no preço do frango em pedaços. 

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, diz que o crescimento no preço do frango se deve ao alto custo dos insumos. Ele ainda comenta sobre os aumentos de 100% no preço do milho e de 60% no farelo de soja, dois dos principais componentes da ração das aves, nos últimos 12 meses. “É inexorável, inevitável esse reflexo para a prateleira e para a mesa do consumidor. Se o milho sobe 100%, não tem como você aguentar e segurar o preço”.

No acumulado do ano até maio, o frango em pedaços teve alta de 8,30% na Região Metropolitana, ao inverso do frango inteiro, que registrou queda de -3,51%, segundo dados do IBGE.

Ainda segundo Ricardo, ele fala sobre como pode ficar o cenário para o frango nos próximos meses. “A estrutura de produção ficou mais cara como um todo. E não é uma questão como foi no passado, perto da safra, porque exportava muito. Não é. É uma questão global, o aumento do milho já é uma pressão global e vai se manter mais ainda por aspectos especulativos, que estão acontecendo no Brasil e pela eventual quebra de safra, que pode potencializar ainda mais”. 

Fonte: ABPA